quarta-feira, 30 de março de 2011

Amor Incondicional


Hoje a postagem é mais do que informal. Somente para relatar mais um aprendizado que tive ontem à noite em uma Oficina Literária.
O Oficineiro (Mario Pirata), quando ouviu de uma aluna as palavras AMOR INCONDICIONAL, comentou que, há tempos atrás, um amigo, também escritor, divagou sobre as mesmas.
AMOR INCONDICIONAL NÃO SERIA UM PLEONASMO?

Se é amor não há condições!
Pensei muito sobre isto ...
Não, não há!

Rosalva (30/03/11)
Imagem: Google

segunda-feira, 28 de março de 2011

Quem foi o inventor das reuniões?


Oh my God!
Quero conhecê-lo!
Quero falar-lhe que, se o propósito quando da sua invenção, era para que fossem produtivas, é urgentemente necessário que o mesmo seja revisto.
Vez ou outro participo de
Reuniões enfadonhas
Longas demais
Improdutivas
Onde são jorrados assuntos totalmente diferentes do pretendido
Com pessoas com egos inflamados
Distanciados
Como se fossem estrelas no firmamento
Esquecendo do preceito
De que o tempo é curto para ser gasto com futilidades
E o relógio corre ...
E o pior: na hora do trabalho prá valer, essas estrelas delegam e cabe aos pobres-mortais as tarefas do que foi discutido, geralmente
Em frangalhos
Em pedaços cortados
Totalmente fragmentados
Decididamente não quero mais isto prá mim!
Prefiro ficar no silêncio
Que dele eu sei que sairá algo de bom
Porque de devaneios
Estou cheia!
Divago sim (e muito!)
Mas para criar o que gosto
Fazer uso do meu tempo
Com tempero
Com esmero
Sem me preocupar
Com exageros

Rosalva
Imagem: Google

O Curso da Ambrosia

Definição de erotismo através do conceito expandido do mesmo, trabalhado em aula.
Por: Maria Eunice Araújo - Artista Plástica
Imagem: Google


Eu gosto muito de comer ambrosia, mas é aquela que a mãe de uma grande amiga minha, de Santo Antônio da Patrulha, faz. A Dona Nitinha (mãe da Rosalva) já sabe que gosto e sempre que pode me manda um pote cheio para eu saborear em Porto Alegre.
Então acordo no meio da noite, tentada a ir até a geladeira para provar a ambrosia. Não como um pouco no prato, mas o conteúdo inteiro do vidro. Não consigo resistir. Gosto de comer a ambrosia no próprio vidrão de Nescafé que ela me manda (já tentei diferente, mas perde a graça!). Pego uma colher grande, a qual busca dentro do vidro, a ambrosia junto com a calda. Coloco na boca, sinto a calda penetrar e escorrer ao lado e abaixo de minha língua. Este momento é de “orgasmo”!
Após, a calda desce pela minha garganta até desaparecer, ficam só as bolinhas do doce ainda em cima da língua, as quais, após prensadas em poucos segundos, também tomam seu curso natural.
Volto a dormir...

sábado, 26 de março de 2011

Amigos - Uma Sexta-Feira


Sábado,
Dia cheio,
Noite chuvosa
E eu aqui baixando as fotos da noite de ontem – memorável!
Alguém, por um acaso, já descobriu a definição perfeita para a palavra “amigo”? A melhor que já encontrei diz assim: “Amigos são anjos que nos deixam em pé quando nossas asas têm problemas em se lembrar de como voar (AD)”. Mas ainda penso que está incompleta. Tem mais, muito mais!
Retornando à noite de ontem ...
Saí de casa, passei na Eunice e João, deixei o meu carro, peguei carona com eles e rumamos, atrás do Francis, até o Cantegril, em Viamão. Entramos por uma estrada de terra tortuosa, não enxergando nada. Nem o céu tinha estrelas para iluminar o nosso caminho. Esta seria a nossa primeira visita na casa nova do nosso amigo Francis, um cara único! Nossa amizade começou pelos idos de 1982 e nunca mais se desfez. Nem mesmo as nossas mudanças de cidade, as nossas andanças, os nossos tropeços nos afastaram. Somos irmãos e como irmãos nos tratamos.
Na chegada fomos recepcionados por quatro cães enormes e duas cadelas. Latidos ensurdecedores e eu, temerosa como sempre, adentrei à casa tremendo como uma criança.
Os cães são os seus companheiros e, para ser bem franca, senti que são verdadeiramente os “donos da casa”, algo estranho prá mim que não convivo com animais domésticos. Olharam-nos com desconfiança mas, com o passar do tempo, ambientaram-se à nós de forma muito educada.
A casa é algo indescritível. Muita madeira jogada entre vidros e uma grande área aberta onde estão instalados praticamente todos os cômodos. Toras de madeiras foram jogadas em vários recantos servindo de abajures, porta toalhas, porta panos de prato e por aí afora.
Conheci outra faceta do meu querido amigo de tantos e tantos anos: o bom gosto! (Nunca aprendemos tudo sobre os nossos amigos ... Há sempre o que descobrir ...).
Eu e a Eunice, como duas adolescentes, vasculhamos tudo com uma curiosidade digna de quem gosta de artes e ficamos falando, falando ... enquanto os homens preparavam o churrasco.
Obviamente que, conforme eu já havia alertado o João, o anfitrião deixaria essa parte prá ele. Não deu outra.
A nossa sintonia foi sempre tão perfeita que tudo deu certo da forma mais simples possível – e aqui lembro o que li dias atrás; “O destino coloca as pessoas na nossa vida. As atitudes definem quem fica! (AD)”. Nesses anos todos, apesar de não nos encontrarmos com freqüência, compartilhamos de nossas vidas de forma intensa. Torcemos uns pelos outros. Comemoramos! Assim como comemoramos ontem o ninho que o Francis construiu do seu jeito, aonde alimenta seus cães e busca a sua felicidade interior.
Divago neste momento e penso que somos portáteis! Portáteis porque a distância nunca nos separou, porque sabemos trocar, sabemos afagar um ao outro com o carinho de uma amizade verdadeira, da forma mais simples possível, assim como somos: simples! Também aqui uma citação lida há muito tempo: “Nem sempre o simples é o melhor, mas o melhor é sempre simples (AD)”.
Vida longa para nós ... porque a amizade já está garantida, sem retrocesso!
Tim! Tim!

Rosalva
Foto: Própria

Parabéns PORTO ALEGRE pelos seus 239 anos!

Com teus encantos
Eu até esqueço dos meus prantos
Só prá te contemplar!





Rosalva
Imagem: Google

quinta-feira, 24 de março de 2011

Crônica de um amigo Recantista ... (saudosismo para quem gosta de MPB)

Uma vida em ritmo de Música Popular Brasileira


Numa linda noite de outono, um enamorado estava sozinho em uma favela; a porta do barraco / era sem trinco /mas a lua furando o seu zinco / salpicava de estrela o seu chão e “enfeitava a noite do seu bem”.

Enquanto isso, no centro da cidade, um homem magro e abatido caminhava vagarosamente. De repente, estava ali “um corpo estendido do chão”. Para na contramão, atrapalhando o trânsito”.
É socorrido e logo recupera a consciência e mesmo no tumulto, é reconhecido por um amigo
- “Olá, como vai?”
- “Eu vou indo, e você?”

Apesar da relativa melhora, o amigo decide levá-lo de ônibus a um pronto-socorro. Assim, “vão rodando a cidade a procurar’’. Encontra um hospital cheio, com uma fila imensa e tenta sem sucesso ser atendido na frente, mas é impedido por uma funcionária da portaria “com nervos de aço/ sem sangue na veia / e sem coração”. Não iria desistir. Desse modo ainda levemente tonto e muito estressado, gritava: “ Se eu perder esse ônibus que sai agora às onze horas, só amanhã de manhã.’’

Mesmo com todo o caos na saúde, a equipe do pronto-socorro estava completa e antes que pudesse imaginar, chega a sua vez. É recebido por um médico de olhar sereno. Logo que entrou, foi dizendo: - Doutor, “tire o seu sorriso do caminho / que eu quero passar/ com a minha dor”. O médico calmamente pede ao paciente para sentar.

- Qual é o seu nome?

- João

– O que o senhor vem sentindo?

- Bem, doutor, já perdi as contas de “ quantas noites não durmo / ao rolar-me na cama.’’ Além disso, o “calor das cobertas / não aquece direito / não há nada no mundo / que possa afastar / esse frio do meu peito.’’

O médico examina minuciosamente o paciente, solicita um Raio X de tórax e faz uma investigação epidemiológica para tuberculose. Tudo negativo. Devido a sua formação holística, decide interrogar seu João sobre a sua família.

- Seu João, tem tido problemas em casa?

- Doutor, “sei que todos vão dizer / que é tudo mentira / e que não pode ser / mas “já tive mulheres / do tipo atrevida / do tipo acanhada / do tipo vivida / casada / carente, solteira / feliz”, mas a atual foi como “um rio que passou em minha vida / e meu coração se deixou levar.’’ No começo, tudo era uma maravilha; porém, com o passar do tempo, foram ‘‘ tantas coisinhas miúdas / roendo / comendo / arrasando aos poucos com o nosso ideal.’’
Fiquei desempregado, “e sem o seu trabalho / o homem não tem honra / e sem a sua honra / se morre / se mata”. E para piorar “você sabe o que é ter um amor, meu senhor / ter loucura por uma mulher / e depois encontrar esse amor / meu senhor / nos braços de um tipo qualquer.’’

Graça a Deus, “seu médico’’ não matei nem morri de amor, mas a partir daquele dia, sempre que perguntarem por mim, peço para dizer “que fui por aí / levando o meu violão / debaixo do braço / em qualquer botequim eu paro.’’

Hoje não me alimentei direito e tomei “uns tragos” a mais e passei mal. Por sorte, encontrei o senhor que soube me ouvir e compreender que “o homem também chora / também deseja colo / palavras amenas,/ precisa de carinho,/ precisa de ternura,/ precisa de um abraço / da própria candura.’’

Por tudo, muito obrigado. “Ah, se todos fossem iguais a você. Que maravilha...”


Roberto Passos do Amaral Pereira.
Médico (Pediatra) Vitória - ES

quarta-feira, 23 de março de 2011

Meu cantinho ... Meu companheiro ... Meu diário ...

Aproveitarei a criação deste blog (para realização de uma disciplina do Curso do E-Tec) para alimentá-lo a partir de hoje com o que se passa na minha cabeça toda vez que lembrar-me dele. Escrever é algo que gosto muito e este espaço é providencial para isto.
Então ... aquí está o ponta-pé inicial, deixando um haikai que postei, no último dia 22, no Recanto das Letras (www.recantodasletras.uol.com.br/autores/rosalvarocha)

180 graus

180 graus virou minha vida
Sofri! Parei, pensei
Resolvi virar um pouco mais ...