terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Tipo Textual - Uma poesia prá vocês!

Como gosto muito de escrever, postarei aquí uma poesia que foi escrita por mim para publicação no blog do Grêmio Literário Patrulhense. Espero que gostem! Trata-se de algo muito simples, pois estou "engatinhando" nas letras - mas tendo coragem de expô-las. Penso que isto é o mais importante.

Um tempo sem tempo
(17/11/2010)

Quando eu resolver sumir por um tempo
Arrumarei a minha mochila
Com coisas leves
Breves
Que possam ser descartadas
Por puro prazer
De poder sobreviver sem elas

Esse tempo não terá tempo
Será simplesmente um tempo
De retiro
De suspiro
De alívio

Um tempo só meu
Quando lerei um livro
Comerei vários chocolates
Quem sabe farei alguns biscates
E me entregarei aos devaneios
Que por minha cabeça passam
Toda vez que me sinto à parte

Quando eu resolver sumir por um tempo
Não se apavorem
Eu só fui, mas volto
Em qualquer dia
Em qualquer horário
Sem a mochila
Somente comigo mesma
Refeita
Satisfeita

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Num país tão grande quanto o nosso ...

... seria possível não nos depararmos com Variação e Preconceito Linguístico?

Gêneros e Tipos Textuais

Do site www.slideboom.com/presentations/43947 encontramos uma explanação bem interessante sobre gêneros e tipos textuais.
"ATENÇÃO! É muito importante não fazermos confusão entre os gêneros e tipos textuais. Os TIPOS aparecem em número limitado. Já os GÊNEROS são praticamente infinitos, visto que são textos orais e escritos produzidos por falantes de uma língua em um determinado momento histórico. Os GÊNEROS TEXTUAIS, portanto, são diretamente ligados às práticas sociais, a exemplo de carta, bilhete, aula, conferência, e-mail, artigos, entrevistas, discursos, etc. Assim, um TIPO TEXTUAL pode aparecer em qualquer GÊNERO TEXTUAL, da mesma forma que um único GÊNERO pode conter mais de um TIPO TEXTUAL. Uma carta, por exemplo, pode ter passagens narrativas, descritivas, injuntivas e assim por diante ..."
Fica aquí um desafio aos colegas: Que tal escrever uma breve carta dessa forma?

Por que da criação deste blog?

Este blog foi criado para atender à demanda da disciplina de PORTUGUÊS INSTRUMENTAL do Curso que estou fazendo (Téc. Administração - SAP). Ele foi criado em parceria com meu colega MARCOS ROCHA CAIRUGA e busca, na sua primeira postagem, falar um pouco sobre VARIAÇÃO E PRECONCEITO LINGUÍSTICO.
Na busca de conhecimentos sobre o assunto, encontramos no site www.overmundo.com.br, algumas questões muito interessantes que desejamos deixar aquí postadas:
- Antes de 1500, o Brasil era uma terra de vários donos. Com a chegada do homem branco, e a consequente colonização, escravidão, imigração de povos, a terra tupiniquim adotou uma linguagem própria: o português ou "brasilês". Para ser formado o idioma português foram necessárias 9 famílias linguísticas: latim, indo-européia, itálica, românica, românica-ocidental, galo-ibérica, íbero-românica, íbero-ocidental e galaico-portuguesa.
- A priori, a língua falada no Brasil é denominada de Língua Portuguesa, oriunda dos colonizadores portugueses. Porém, o período de colonização no Brasil propiciou a vinda de povos de terras distantes e culturas diferentes, fazendo assim uma sincronia de seus dialetos com o idioma do colonizador e os povos aquí antes encontrados, os índios.
- As diversas pronúncias, fonetismo, da Língua Portuguesa no Brasil, nas diversas regiões, acaba gerando um preconceito linguístico. Essas variações acabam gerando certas discussões de qual região se fala melhor o Português.
- Para alguns linguistas, os chamados "erros gramaticais" não existem nas línguas naturais, salvo por patologias de ordem cognitiva.
- Quem primeiro apresentou uma visão libertária do marxismo foi o sociólogo Nildo Viana, um dos brasileiros mais influentes com relação à epistemologia. Para Viana, a linguagem é um fenômeno social e está ligada ao processo de dominação, tal como o sistema escolar, que é a "fonte da dominação linguística".
- O fato é que o preconceito linguístico existe. Os críticos argumentam que a tese em sí, se apontada na íntegra, resultaria em um descrédito das normas gramaticais que, por sua vez, levaria a dificuldade das pessoas na comunicação em um futuro próximo.
- O português falado no Brasil tem uma histórica relação de mistura de idiomas e dialetos.
- O Maranhão, o Pará e o Rio de Janeiro são tidos como os estados em que mais bem é empregado o idioma português. Marcos Bagno, em seu livro "Preconceito Linguístico" explica ponto a ponto o porquê desse critério avaliativo: "Acontece, porém, que os defensores desse mito não se dão conta de que ao utilizarem o critério prescritivista de correção para sustentá-lo, se esquecem que os mesmos maranhenses que dizem "tu és, tu vais, tu foste, tu quiseste", também dizem: Esse é um bom livro para ti leres." (Bagno, Marcos, Preconceito Linguístico o que é, como se faz, 44a. edição, p. 47). E ainda: "Toda variedade linguística atende às necessidades da comunidade de seres humanos que a empregam. Quando deixar de atender, ela inevitavelmente sofrerá transformações para se adequar às novas necessidades." (Id)
- A intolerância linguística está fortemente relacionada com outras formas de intolerância - a raça, religiosa, sexual, política - mas é examinada, porém, nas particularidades e especificidades próprias da linguagem.
- E, por fim, é considerada uma percepção de que somos privilegiados em termos uma língua capaz de atender a todos em seu contexto e que, diferentes ou não, o nosso português é único e é o português do Brasil, com suas diferentes etnias.