quarta-feira, 27 de abril de 2011

Palavras de Ferreira Gullar

"Tenho horror ao passado, talvez por tê-lo vivido em mim mais do que suporto"

Um Sono Tranquilo


Pegue a noite mais escura
E misture ao leite.
Adicione estrelas
E planetas a gosto.
A seguir, leve ao fogo brando.
Quando o leite misturar-se à noite
– Acrescente para o deleite
Olhares
E sonhos a gosto
Por alguns minutos.
(E pronto!).
Sobre a mesa um sono tranqüilo

Por Delalves Costa - AELN - 270411
Imagem: Google

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Estranho momento


Tudo estranho neste momento
Estranha saudade
De algo que não foi
Não aconteceu
Mas que é sentimento

Sentimento que sonha
No sonho desdobra
Momentos não vividos
Com intensidade de sobra

Saudade incógnita
Carregada de questionamentos
Sedentos por uma resposta clara
Como a saudade nesta hora

Falta algo – Não! Falta tudo!
Que alinhe esse sentimento
Descortine esse desejo
De forma concreta
Para que eu entenda
Como posso ter essa saudade
Insana
Até mesmo profana
Que embaralha tudo
Da forma mais louca possível
Pela sua impossibilidade

RR - 22/04/2011
Imagem: Google

terça-feira, 19 de abril de 2011

O tempo passa tão depressa que a gente nem percebe ...

... minha linda já fez 5 aninhos! Uma mocinha!


Linda flor
Desabrocha com graça
Com graça enche meu coração de amor


RR
Imagem: Nesio

domingo, 17 de abril de 2011

Feira do Livro de Capão da Canoa


Citação de pequena parte da programação:
17/04 - Palestra com Ricardo Silvestrin (Presidente da ALA-POA)
Sarau poético conduzido pelo ativista cultural Benedito Saldanha
Lançamento da II Antologia da AELN
21/04 - Show pirotécnico
Luis Fernando Veríssimo e seu saxofone
23/04 - Painel blog "prasnoitesinsones.com.br"

RR
Imagem: RR

As Manhãs de Outono


Janelas despertam. É concreto,
a sombra na fuga das ruas.
Relógios estabanados,
bocejos amarrotados,
cabides desajeitados,
olhares discriminados:
– vida noturna a respirar vultos.

São poemas verso-livre
os arranha-céus
a escancarar
sol e lua nas manhãs de outono.


Autoria: Delalves Costa – Membro da AELN
Imagem: Google

terça-feira, 12 de abril de 2011

Bolo do Amor


Ingredientes:

- 5 gotas de suor
- 1 gemido seco
- 1 essência de lágrimas em pó
- 50 gramas de paixão
- 800 kgs de sonho
- 10 toneladas de sentimento
- manjericão de alegria
- 7 colheres de esperança
- suor para untar a forma

Modo de preparo:

Em uma tijela grande, preferencialmente branca
Como branco é o amor
Despeje as 10 toneladas de sentimento sem compaixão
Após, as 50 gramas de paixão
Os 800 kgs de sonho, mexendo levemente
Como leve é o amor
Adicione 1 gemido seco que deverá ser seguido
Pelas 7 colheres de esperança
Mexa novamente e dance, balance e veja o quanto a massa
Está ficando espessa
E, com a essência de lágrimas em pó
E as 5 gotas de suor
Você verá que não há nada melhor
Do que ver a tijela com a massa do amor

Use o suor para untar a forma

Leve ao forno quente por 40 minutos
Como quente é o amor
Sem dor
Sem rancor

Aguarde 30 minutos e
Prepare-se para a surpresa
O bolo ficará uma beleza

Tire-o da forma
Coloque-o no seu prato predileto
E, com o maior afeto
Salpique-o com manjericão de alegria
Como a alegria do amor

Que é brando
Tênue
Lava a alma
E acontece sempre que a gente
Se desarma

RR - 30/03/2011
(cumprindo tarefa da Oficina do Mario Pirata)
Imagem: Google

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ateliê Livre


Desta janela
Nas manhãs das quintas-feiras
Vejo o verde
E com verde desenho
Misturando-o com outras cores
Fortes
Vibrantes
Pulsantes

Os lápis se intercalam
Com algumas tintas
Que tingem o papel
Meus dedos
O avental

Nesses momentos sou outra
Despojo-me de regras
E, com certa loucura,
Faço até mesmo texturas

Começo a levitar
Com a arte que não tem sentido
Mas que todo sentido faz
Já que não trás perigo

Nas manhãs das quintas-feiras
Simplesmente desenho ...

(Rosalva - 11/04/2011)

domingo, 10 de abril de 2011

Caminhada do Silvano

Volta do Barro Preto


No dia 10/04, contrariando o que fizemos no ano anterior, retornamos do BARRO PRETO em mais uma caminhada organizada pelo Silvano.
Dia bonito, linda paisagem, excelente entrosamento com direito a ponto de apoio na Chácara do Guto e Helena e recepção na chegada com chimarrão oferecido pela ERVA SABADINE e salgadinhos da PADARIA SANTA CECÍLIA.
Verdadeiramente um prazer!

E, na foto, 4 “meninas” (eu, Cássia, Nadia e Ana Clara) que já tinham cumprido metade do percurso e se deram o direito à uma pausa mais do que merecida!

Aguardando a próxima!

Imagem: Rosalva
(10/04/2001)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Tic-Tac


Olhe a hora
Hora de dormir ...

O sono não vem
Os dedos não param
A vontade é grande
De ficar aqui
Divagando por entre teclas
Ao lado, um copo d´água
Abajur aceso
Nada preso
Fazendo da noite
Uma linda poesia
Para uma mulher insone

(RR - 05/04/2011)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Veteranos de Guerra

(Por Martha Medeiros - publicado no Jornal ZERO HORA de 03/04/2011)

Outro dia li o comentário de alguém que dizia que o casamento é uma armadilha: fácil de entrar e difícil de sair. Como na guerra.
Aí fiquei lembrando dos desfiles de veteranos de guerra que a gente vê em filmes americanos, homens uniformizados em suas cadeiras-de-roda apresentando suas medalhas e também suas amputações. Se o amor e a guerra se assemelham, poderíamos imaginar também um desfile de mulheres sobreviventes desse embate no qual todo mundo quer entrar e poucos conseguem sair – ilesos. Não se perde uma perna ou braço, mas muitos perdem o juízo e alguns até a fé.
Depois de uma certa idade, somos todos veteranos de alguma relação amorosa que deixou cicatrizes. Todos. Há inclusive os que trazem marcas imperceptíveis a olho nu, pois não são sobreviventes do que lhes aconteceu, e sim do que não lhes aconteceu: sobreviveram à irrealização de seus sonhos, que é algo que machuca muito mais. São os veteranos da solidão.
Há aqueles que viveram um amor de juventude que terminou cedo demais, seja por pressa, inexperiência ou imaturidade. Casam-se, depois, com outra pessoa, constituem família e são felizes, mas dói uma ausência do passado, aquela pequena batalha perdida.
Há os que amaram uma vez em silêncio, sem se declararem, e trazem dentro do peito essa granada que não foi detonada. Há os que se declararam e foram rejeitados, e a granada estraçalhou tudo por dentro, mesmo que ninguém tenha notado. E há os que viveram amores ardentes, explosivos, computando vitórias e derrotas diárias: saem com talhos na alma, porém mais fortes do que antes.
Há os que preferem não se arriscar: mantém-se na mesma trincheira sem se mover, escondidos da guerra, mas ela os alcança, sorrateira, e lhes apresenta um espelho para que vejam suas rugas e seu olhar opaco, as marcas precoces que surgem nos que, por medo de se ferir, optaram por não viver.
Há os que têm a sorte de um amor tranqüilo: foram convocados para serem os enfermeiros do acampamento, os motoristas da tropa, estão ali para servir e não para brigar na linha de frente, e sobrevivem sem nem uma unha quebrada, mas desfilam mesmo assim, vitoriosos, porque foram imprescindíveis ao limpar o sangue dos outros.
Há os que sofrem quando a guerra acaba, pois ao menos tinham um ideal, e agora não sabem o que fazer com um futuro de paz.
Há os que se apaixonam por seus inimidos. A esses, o céu e o inferno estão prometidos.
E há os que não resistem até o final da história: morrem durante a luta e viram memória.
Todos são convocados quando jovens. Mas é no desfile final que se saberá quem conquistou medalhas por bravura e conseguiu, em meio ao caos, às neuras e às mutilações, manter o coração ainda batendo.

domingo, 3 de abril de 2011

Sobre o Spyke ...


Aquí vai uma dica de um blog para quem gosta de cachorros.
Um espaço criado por uma amiga paulista para documentar os seus cuidados com o "amigo", quando da viagem da "proprietária". Pelo pouco que eu sei, existe um certo ciúme pairando entre a Vila Sônia e São Bernardo do Campo.
O culpado? O Spyke obviamente!

spykegolden.blogspot.com

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Projeto CORAL


Minha cidade natal foi uma das beneficiadas pelo Projeto CORAL.
Na minha opinião, o mais importante: totalmente apartidário.
Já começo a imaginar como ficará o casario na Av. Borges de Medeiros.

A imaginação já rola solta ...
Voa ...
Tantas cores
Para embelezar aqueles recantos
Que abrigaram tantos encantos
Quando da minha infância e adolescência
Com toda a sua efervescência

E até hoje abrigam
As minhas caminhadas
Despretenciosas
Por entre as calçadas
Pelo tempo desgastadas

Sucesso e muito trabalho para todos os patrulhenses de coração!

01/04/2011
Fonte imagem: Google